terça-feira, 12 de setembro de 2017

Você não me deixa sem palavras. Me enche delas gradativa e subitamente, como um copo esquecido numa janela aberta quando chove.

Não, você não me deixa sem palavras. A verdade é que minha língua já está tão cansada que, por esquecimento ou preguiça, cerca-se de lapsos propositais da linguagem falada.

Cala-me a língua. Cala-me a fala.

Mas não cala o peito nem o punho esquerdo que traduz e dá corpo aos devaneios.




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