quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Eu gorda

Eu gorda
À margem de padrões pré-estabelecidos para que se viva em sociedade sem afronta-la.
Mas já que eu nasci pra afrontar, padrões não me cabem.
Eu gorda
Vivo a plenitude de ser, livremente, meu próprio padrão.
Eu gorda
Sou minha própria inspiração.
Eu gorda
Sou luta diária. Minha presença é o grito de alerta ao pé do ouvido da sociedade: respeite a minha essência!
Eu gorda
Sou as cicatrizes nuas das batalhas que travei até aqui. Sou os fragmentos dos caminhos por onde passei, também fragmentados por mim.
Eu gorda
Descobri o amor em cada dobrinha do meu corpo. Este mesmo corpo gordo, que é templo de minh'alma livre.
Eu gorda
Posso ser e fazer o que eu quiser. Não há limites nem padrões que possam parar meu apetite de vida.
Eu gorda
Me amo agora. De corpo presente, pulsante, vivo!
Nós, gordas
Somos revolução todos os dias batendo às portas do preconceito ao som da melodia do nosso grito:
ESTAMOS AQUI E RESISTIMOS!


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