segunda-feira, 10 de julho de 2017

Utopia de Maysa (+18)

Era quarta-feira entre as pernas de Maysa. Era quarta-feira há 2 dias. Dedilhava sua carne, arrepiando seus mamilos róseos de seios fartos.
Era doce o riso do orgasmo de Maysa enquanto eu a penetrava freneticamente. Seus gemidos e sorrisos preenchiam o silêncio daquele quarto de motel vagabundo.
 Minha língua entre os seus dentes perversos, ardia. Minha língua na sua boceta quente, fluía.
Maysa sorria, e de novo eu me embriagava nos sons que ela emitia, de olhos fechados e lábios rubros do êxtase que lhe causava.
Ela gozava e de novo eu adentrava o seu ventre, puxando seus cabelos longos, onde outrora habitava, respirando cada nuance do seu cheiro. 
Eu morava na taquicardia do meu peito enquanto ela rebolava deliciosamente nua, louca, puta.
Éramos deuses contemplando o êxtase que criamos até chegarmos a exaustão de corpos saciados.
Acordei com a fumaça do baseado que ela acendia. 
Eu a observava através do espelho do banheiro enquanto me penteava e me preparava pra sair da nossa utopia. 
Seus olhos negros avermelhados me fitavam ainda cheios de desejo. Molhava os lábios cinicamente, desenhando um riso sonso. 
Distraído pelas marcas das suas unhas e dentes no meu corpo, não a vi se aproximar. Veio sorrateiramente, beijando minha nuca, passeando sua língua no meio das minhas costas, destruindo qualquer plano de partir. 
Seus lábios encontraram os meus e ali eu fui dela. E ela foi minha. Seu doce hálito guardava a fumaça de um cigarro.
Eu precisava ir, mas não queria. Ela era poesia. Eu era poeta. 
E me puxando pra cama novamente, citou um dos poetas por quem também se apaixonara: 
"O que você faria por cinco minutos mais de eternidade?" 
Acho que não vou trabalhar hoje. De novo.