terça-feira, 11 de junho de 2019

Responsabilidade Afetiva

Tá aí uma coisa da qual eu sempre falei, conhecia bem, mas não exercia: responsabilidade afetiva.   

Em momentos em que eu não estava pronta ou disposta a me relacionar (como agora), permitia que pessoas entrassem na minha vida sem me responsabilizar por possíveis danos. Fosse por carência ou auto-afirmação, existia a necessidade de provar pra mim mesma e para os outros que eu sou especial. Mas na real eu não sou. Na real ninguém é. E carregar isso como uma verdade, é pesado. 

Afinal, se você de fato é especial, você precisa agir como tal. Um looping que, definitivamente, não vale a pena ver de novo.  


É impossível deixar de conhecer pessoas. Somos sociáveis por natureza. E seja comprando pão ou navegando nas redes sociais trancado em sua masmorra, você vai conhecer pessoas. Por exemplo, nesta janelinha para o mundo (internet), qualquer atitude sua numa vastidão de aparências, vai te apresentar pessoas. E tá tudo bem.   


Porque o problema não é conhecê-las, o problema é omitir que, embora sua porta esteja aberta, você não está apto para visitações.   Falo isso como alguém que passou boa parte da vida confusa a respeito dos próprios sentimentos, momentos e fases. É a questão da auto-afirmação que quando se é muito jovem (independente de idade), torna-se um hobby. 


Mas por favor, não espere tanto tempo assim pra cuidar da expectativa do outro. Porque a expectativa do outro sobre você, também é sua responsabilidade. Procure deixar claro se você está ou não disponível emocionalmente. E se você não souber em que fase da vida está, é exatamente neste momento em que não deve permitir visitantes. Afinal, não é justo a sua indecisão pessoal afligir as certezas do outro. 




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