terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Domingo

Fui meditar, "yogar" e tentar não pensar, logo de manhãzinha. Sob a luz do sol e sobre a terra úmida da chuva, que também me banhou de madrugada. E o deus sol queimando docemente minha pele, me contou sussurrando que a vida precisa seguir. E que minhas bochechas ficariam mais bonitas avermelhadas por ele. Respirei fundo, num riso. E o vento confirmou num arrepio bom que me deu.
Não poderia receber resposta mais bonita do tempo. Os dias passam cada vez mais rápido e as obrigações da vida prática as vezes nos impede de contemplar o mais simples, o que há de divino dentro e fora de nós.  Claro que algumas saudades ainda moram em mim e vão morar sempre. Mas o passado tem dado espaço pro presente. E o presente se desenha nos moldes da minha vontade. Na beleza do cotidiano, nas coisas que passam despercebidas, em novos rostos, em novos ânimos, novos planos que darão certo, ou não.  Aí a saudade se transforma em carinho de vento. Melodia bonita que aos poucos vai saindo da cabeça, dando lugar a outras melodias tão bonitas quanto, ou até mais. Existe um universo inteiro dentro de mim ainda não explorado. Ainda tem um tanto de chão pela frente e a tendência é ir adiante.  E eu tô indo. Com as bochechas avermelhadas, que realmente ficaram mais bonitas assim. É que quase sempre o primitivo, naturalmente tem razão: é preciso seguir. Dei uma olhada no passado só mais uma vez. E com o carinho que ele me foi quando presente, também fui presente, com um sorriso de gratidão como laço.   


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