quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Sobre ciclos que se fecham naturalmente, mas não deixam de machucar

Ninguém precisa te avisar ou comunicar oficialmente sobre os fins que a vida dá nos teus ciclos. Você simplesmente sabe. Sente que aquele chegou ao fim e por mais que doa, não há o que fazer à respeito. Fins são fins. Não existe meio termo pra eles.
Eu já afastei e continuo afastando pessoas por causa desse jeito intenso de ser. Esse jeito de ser toda o tempo todo. De sentir tudo, de saborear cada onda das tempestades em copo d'água que costumo fazer. Sim, eu sou muito boa em criar tempestades e problemas onde não deveriam estar. E assim fecham-se os ciclos que outrora não parecia que chegariam ao fim. É claro que sabemos que tudo acaba, mas admitir isso não é uma característica muito humana.
Assim como dias bons acabam, para minha sorte, dias ruins também. Parei pra me perguntar em um dos meus constantes monólogos, qual importância todas essas tempestades terão no futuro. Amanhã ou daqui à uns meses? Será que eu vou rir disso? Será que eu ainda vou achar graça de todos os amores que matei dentro de mim e dentro dos outros? Haverá julgamento para o genocídio em mim? Haveria absolvição? Ou meu castigo é permanecer presa pelas grades de mim?
Por hora, dormir é o melhor remédio. Se possível fosse sem remédios, tamanha é a inquietação. Amanhã e depois, nascerão e morrerão outros ciclos. Naturalmente, como quem parte dormindo. Mas machucando quem fica, como sempre.






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